Ai, chegou dezembro, com sua árvore de Natal enfeitando a sala e deixando Helena doida para pegar os enfeites.
E, se 2011 foi o ano mais importante da minha vida, 2012 foi o de grandes conquistas.
Em março, aos 8 meses de vida, Helena começou a comer suas primeiras papinhas de frutas e legumes (mamou no peito até os 7 meses e decidiu pela mamadeira por conta própria).
Também em março foi para a praia de verdade (Paúba) pela primeira vez. Gostou da areia, mas ficou com medo das ondas. O grande barato mesmo foi a piscininha de inflar, sucesso absoluto.
Aos 9 meses, abril, os primeiros dentinhos começaram a apontar. Foram os dois de cima primeiro e deram uma canseira na hora de dormir, um pouco de febre e mamãe achou que não fossem aparecer nunca.
Entre maio e junho (10 e 11 meses), muitas novidades: os dentes vieram pra valer, Helena andou e engatinhou, tudo junto, mas ainda sem se soltar das nossas mãos e odiando engatinhar. Também ficava em pé no berço a toda hora, deixando os pais em pânico.
Em julho: 1 ano de Helena. Muita emoção, festa, batizado. Só tínhamos que comemorar mesmo. Essa filha mais que amada, esperada, desejada. Uma filha boa, uma filha tranquila e feliz. Helena é muito mais do que sonhamos, ela é todo o amor que houver nessa vida.
Setembro e outubro: mais dentes. Agora são quatro: dois em cima, dois em baixo e mamãe com mais olheiras. Helena já não tem medo de andar sozinha e também se livrou da obrigação de engatinhar. Agora ela corre.
Novembro: ao mesmo tempo em que pronuncia mais palavras (além de mamãe, papa, vovó, coelhinho e achou), Helena vai para a escola e se despede da babá Maria. No repertório: galinha, naninha, água, não, sim, uma, tô, já, fô (flor), boleta (borboleta). Molar nascendo e mais dois em baixo.
Dezembro: passaporte, visto e passagem. Em breve vamos viajar, dessa vez com ela nos braços.
Filhinha, neste anos, mais uma vez, vivemos para você. O que desejo para mim mesma é que todos os outros anos da minha vida sejam exatamente assim.
Com amor,
Mamãe
Do grego, significa "iluminada", "luz". Na mitologia grega, Helena era a princesa de Esparta, esposa de Menelau. Mas foi raptada por Páris, dando origem à Guerra de Tróia. É o símbolo da beleza transcendental.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
O primeiro ano
Faz quase um ano que o mundo é um lugar mais feliz.
Helena, obrigada por ter vindo para a gente.
Beijos da mamãe e do papai.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Quarto da Helena
Já está diferente de quando Helena era recém-nascida. Agora os brinquedos dão lugar a todos os espaços que eram clean. Por isso aqui guardo as primeiras fotos do primeiro espaço só dela, para que Helena saiba como era seu cantinho assim que chegou.
Para quem quiser as ideias
Berço: acredite se quiser, era meu. Meu irmão e todos os meus sobrinhos usaram. É de madeira nobre e fiz um laqueado provençal aqui em São Paulo, na Charm Decorações. Ficou lindo, o trabalho foi muito bem feito.
Bicama babá: era da família também.
Criado-mudo: vintage, comprado há muito tempo no Embu das Artes.
Tapete e cortinas: em tons de lilás, mas sempre puxando pro cinza, porque não gosto muito de lilás-pink. Comprei o tecido em Assis e mandei fazer a cortina com uma senhora que faz há anos pra minha mãe e fez para a minha casa inteira aqui em São Paulo. Aí na mesma loja (Edi Tecidos - 18 3324 1112) tinha o tapete do tom exato. Adoro a Edi Tecidos, não tem uma vez que eu vá pra Assis que não dê uma passadinha lá.
Luminária: eu queria exatamente essa que compramos, mas rodava o Embu das Artes inteiro e não achava legal (ora muito grande, ora muito pequena, ora com as flores em outras cores, ora muito cara, afff). Estava muito barriguda e andando demais, quando decidimos olhar na Imaginarium de lá, descrentes de que haveria o modelo. E não é que tinha? A linha Imaginarium fica no Engenho Velho, que vale a visita por estar na rua mais legal da cidade e ter coisas liiiindas para a casa.
Cabideiro e vasinho de flor: achei nas outras lojas legais do Embu.
Quadrinhos: achei a ilustração de quatro meninas bailarinas na internet e a Cristiane Paulino fez a arte mais legal do mundo com elas. Os quadros são lindos e eu amo a Cris de paixão. Recomendo. Molduras tipo caixa fiz na Moldura Minuto.
Parede lilás: acho que acertamos o tom em cheio. É nosso lilás preferido e se chama Paz Noturna, da Coral. Tem uma amostra aqui.
Quadro porta da maternidade e kit higiene: ela ganhou da minha cunhada e é a mãe dela que faz. Não são lindos?
Lembrancinha maternidade: comprei os chaveiros de sapatilha de ponta da Só Dança, embalei em saquinhos de organza comprados no Mercado Livre e as tags foram feitas com a mesma bailarina de um dos quadrinhos. A cestinha de vime lilás é da Tok & Stok (onde também comprei o mosquiteiro que não estava instalado na foto).
Para quem quiser as ideias
Berço: acredite se quiser, era meu. Meu irmão e todos os meus sobrinhos usaram. É de madeira nobre e fiz um laqueado provençal aqui em São Paulo, na Charm Decorações. Ficou lindo, o trabalho foi muito bem feito.
Bicama babá: era da família também.
Criado-mudo: vintage, comprado há muito tempo no Embu das Artes.
Cômoda e kit berço, bicama e trocador: comprados na Allegrini Baby da Teodoro Sampaio. Achei custo-benefício ótimo, ainda mais por serem peças que você usa somente nos primeiros anos de vida do bebê. Como a decoração é mais ou menos estilo provençal, escolhi para a estampa dos kits um tecido com Toile de Jouy (é o nome em francês
de uma estampa criada no século 18 que consiste num tecido de fundo
branco ou off-white, estampado em vermelho, azul ou preto, com desenhos
que descrevem a vida campestre - e no caso do quarto da Helena são situações do cotidiano de crianças e ursinhos. Geralmente os ambientes com toile de jouy são românticos e delicados. É clássico e chique).
Tapete e cortinas: em tons de lilás, mas sempre puxando pro cinza, porque não gosto muito de lilás-pink. Comprei o tecido em Assis e mandei fazer a cortina com uma senhora que faz há anos pra minha mãe e fez para a minha casa inteira aqui em São Paulo. Aí na mesma loja (Edi Tecidos - 18 3324 1112) tinha o tapete do tom exato. Adoro a Edi Tecidos, não tem uma vez que eu vá pra Assis que não dê uma passadinha lá.
Luminária: eu queria exatamente essa que compramos, mas rodava o Embu das Artes inteiro e não achava legal (ora muito grande, ora muito pequena, ora com as flores em outras cores, ora muito cara, afff). Estava muito barriguda e andando demais, quando decidimos olhar na Imaginarium de lá, descrentes de que haveria o modelo. E não é que tinha? A linha Imaginarium fica no Engenho Velho, que vale a visita por estar na rua mais legal da cidade e ter coisas liiiindas para a casa.
Cabideiro e vasinho de flor: achei nas outras lojas legais do Embu.
Quadrinhos: achei a ilustração de quatro meninas bailarinas na internet e a Cristiane Paulino fez a arte mais legal do mundo com elas. Os quadros são lindos e eu amo a Cris de paixão. Recomendo. Molduras tipo caixa fiz na Moldura Minuto.
Parede lilás: acho que acertamos o tom em cheio. É nosso lilás preferido e se chama Paz Noturna, da Coral. Tem uma amostra aqui.
Quadro porta da maternidade e kit higiene: ela ganhou da minha cunhada e é a mãe dela que faz. Não são lindos?
Lembrancinha maternidade: comprei os chaveiros de sapatilha de ponta da Só Dança, embalei em saquinhos de organza comprados no Mercado Livre e as tags foram feitas com a mesma bailarina de um dos quadrinhos. A cestinha de vime lilás é da Tok & Stok (onde também comprei o mosquiteiro que não estava instalado na foto).
segunda-feira, 5 de março de 2012
Mensagem para minha filha
Não sei de quem é o texto, mas li alguns dias depois que Helena nasceu.
E fez o maior sentido.
Nós estamos
sentadas almoçando quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido
estão pensando em 'começar uma família'.
'Nós estamos
fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria
ter um bebê?'
'Vai mudar a sua
vida,' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.
'Eu sei,' ela
diz, 'nada de dormir até tarde nos fins de semana, nada de férias espontâneas...'
Mas não foi nada
disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que
dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de
casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se
curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela
estará para sempre vulnerável.
Eu penso em
alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que
cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir
fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior
do que ver seu filho morrer.
Olho para suas
unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o
quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da
ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela
derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.
Eu sinto que
deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela
será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir
uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios
e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua
disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que
o seu bebê está bem.
Eu quero que a
minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a
decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino
no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas
barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas
contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando
no banheiro.
Não importa o
quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como
mãe.
Olhando para
minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela
perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma.
Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um
filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também
começará a desejar por mais anos de vida - não para realizar seus próprios
sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.
Eu quero que ela
saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.
O relacionamento
de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu
queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado
ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu
acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões
que hoje ela acharia nada românticas.
Eu gostaria que
minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que
através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os
motoristas bêbados.
Eu espero que
ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das
coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça
da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.
Eu quero
descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de
bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está
tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela
prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha
filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.
'Você jamais se
arrependerá', digo finalmente.
Então estico
minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa
por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram
em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados.
Este presente
abençoado de Deus... que é ser mãe.
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